segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A importância da nuvem


Quando comecei a ler sobre cloud computing acabei me deparando com algumas definições contraditórias. O Google encara de uma forma, a Amazon encara de outra, a IBM de outra, e assim por diante. Isto acontece porque cada empresa ter um serviço diferente a ser vendido no cloud. Entretanto, para simplificar podemos pensar no cloud computing como um ambiente de infra-estutura (hardware) e de serviços (software) que será acessado pela Internet. O Gartner definiu assim: como um estilo de computação onde recursos maciçamente escaláveis e ativados pela TI são entregues "como um serviço" para clientes externos usando as tecnologias da Internet. A minha definição está mais simples.

Alguns anos atras, quando a matricula pela Internet foi implantada na Unit, percebemos claramente que existiam picos processamento muito altos. Durante 6 meses tinhamos uma quantidade de acessos atendidos (folgadamente) por um único servidor, enquanto que em três dias de matricula tínhamos que ter cinco servidores fazendo a mesma função, ou seja, tínhamos que aumentar o poder computacional para conseguir atender a demanda de acessos. A Amazon, com seu serviço chamado de Elastic Compute Cloud (EC2) oferece exatamente uma solução para este problema de "elasticidade" (daí vem o nome Elastic do serviço). Pague exatamente pelo processamento que for usar, isto é, quando estiver na fase de pico é só solicitar mais alguns processadores e o "problema" está resolvido. Vale a pena? Talvez. Vai precisar fazer a conta.

A vantagem do cloud pelo lado do software é mais fácil de entender já que muitos serviços "básicos" (como webmail) já rodam hoje na Internet. Entretanto, acredito que aplicações mais robustas podem começar a migrar para o cloud computing em breve, como: ferramentas de colaboração, CRM (Customer Relationship Management, ERP (Enterprise Resourse Plannnig) e telefonia IP.

De qualquer forma, cloud computing precisa rapidamente resolver três problemas para se tornar realmente grande: disponibilidade, desempenho e segurança. Embora o EC2 garanta uma disponibilidade de 99,95% (altíssima com pouco menos de cinco horas no ano), este ano ficou quase que um dia inteiro fora do ar. O mais engraçado é que como o problema é "dos outros" vamos achar o serviço muito ruim, mas faça a conta de quanto tempo o seu ambiente ficou parado durante o ano e depois veja se vale a pena.

É preciso ficar atento também ao desempenho das aplicações. O acesso aos serviços pode variar dependendo da localização dos usuários e do local de hospedagem dos serviços (latência da rede, perdas de pacotes, entre outros). Isto vai fazer com que tenha que ser muito bem definido um SLA para o tempo de resposta. Se isto não for possível é melhor desistir. Acredito que o item segurança é o mais problemático de todos. Deixar que seus valiosos dados sejam gerenciados por terceiros é o pesadelo de 100% dos CIOs das empresas. Este artigo fala de sete riscos de segurança em utilizar cloud computing. É melhor ler antes de tomar qualquer decisão.

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