quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Entrevista com Silvio Meira

O Instituto Itaú Cultural, através da sua revista Continuum fez uma entrevista com o Silvio Meira. Estou colocando aqui na integra uma das suas respostas.

Itaú Cultural: Você acredita, contudo, que quem está na rede pode estar perdendo algo?
Silvio: Absolutamente nada. Viajo muito e "carrego" minhas duas filhas em meu telefone celular e em meu computador. Minha mulher está comigo no Google Talk e no Skipe. Deixo recado para meu filho no Orkut. Não tenho uma visão dramática da tecnologia. Existem pessoas surpresas com o avanço tecnológico. São do tipo de gente que também foi surpreendida, em outros tempos, pela criação da alavanca, da roda, pelo domínio do fogo e pela máquina a vapor. Sempre existiram pessoas que olharam para a tecnologia como se o mundo estivesse acabando. Mas o ser humano é instintivamente tecnológico. As ferramentas são parte do processo de intermediação entre o ser vivo e o ambiente ao redor. Não conseguimos apreender o ambiente em sua amplitude sem o auxílio delas. As primeiras experiências com máquinas fotográficas foram tratadas quase da perspectiva do exorcismo. Mas, hoje, a fotografia está absolutamente absorvida pela humanidade, a ponto de ser inconcebível um telefone celular sem câmera. Conheço várias pessoas que por muito tempo disseram "o celular vai destruir minha vida, porque vão me achar sempre onde eu estiver". É muita petulância de alguém não querer usar celular por achar que terá uma qualidade de vida pior, já que ligarão para ele. É ter um grau de auto-suficiência enorme. Eu olho para outro formato. No Brasil, há 148 milhões de celulares funcionando. Isso significa que estamos usufruindo uma qualidade de vida muito melhor do que a que se tinha em qualquer época de nossa história.

Ainda tem gente que diz que passar tempo na rede é alienação! Veja a entrevista completa aqui.

Um comentário:

srlm disse...

andres, silvio meira, aqui. pode botar a resposta ai tranquilo... grande abraco, s.